sexta-feira, 22 de maio de 2020

SENSO COMUM


SENSO COMUM

O senso comum é um tipo de pensamento que não foi testado, verificado ou metodicamente analisado. Geralmente, o conhecimento de senso comum está presente em nosso cotidiano e é passado de geração a geração. Podemos afirmar que esse tipo de conhecimento é, categoricamente, popular e culturalmente aceito, o que não garante a sua validade ou invalidade.
O senso comum, por ser obtido a partir de um movimento de repetição cultural, pode estar correto ou não. Não é possível confiar nesse tipo de conhecimento como se confia na ciência, mas também não podemos invalidá-lo de imediato, pois o fato de não se estabelecer métodos e testes comprobatórios, não significa, necessariamente, que o tipo de conhecimento popular está errado.
O senso comum é movido, geralmente, pela opinião. Podemos elencar estudos filosóficos sobre o senso comum desde a Grécia Antiga. A Filosofia surgiu como uma maneira de contrapor aquele tipo de conhecimento popular não rigoroso.
Características do senso comum
O filósofo italiano Antonio Gramsci (intelectual contemporâneo que contribuiu para a disseminação do anarquismo na Itália e, no campo filosófico, dedicou-se a entender o conhecimento e a cultura) estudou e escreveu sobre o senso comum. Para o pensador, o senso comum tem a sua característica estritamente positiva, sendo um conhecimento popular que todos têm e produzem. Porém, para se chegar a um conhecimento mais elaborado, mais estruturado e mais seguro, é necessário ir além do senso comum.
Silvio Gallo, filósofo, educador e professor de Filosofia da Faculdade de Educação da UNICAMP, afirma que, nesse sentido, o senso comum é um bom ponto de partida, mas que, muitas vezes, os conhecimentos sistematizados e testados, como a Filosofia e a ciência, são necessários para se obter um conhecimento de maior confiança e validade.
Para o sociólogo, escritor e professor português Boaventura de Sousa Santos, podemos chamar de senso comum aquele conhecimento vulgar e prático que nos orienta cotidianamente.
Ao longo do tempo, foi-se criando uma ideia comum (senso comum) de que as mulheres eram inferiores, o que foi se estabelecendo como uma verdade cultural (apesar de não ser uma verdade estrita). Podemos pensar, por isso, que nem sempre o senso comum é positivo ou está certo, afinal, sabemos que as mulheres não são menos inteligentes, mais frágeis ou subalternas aos homens. Isso atesta também o fator repetitivo que circunda a denominação do senso comum: é algo que, de tanto ser repetido, acaba sendo encarado como uma verdade. Um exemplo claro o quanto o senso comum pode ser ruim é o caso das fake news. 
Veja o vídeo a seguir:










Nenhum comentário:

Postar um comentário